FIIs compensam juros altos: fundos pagam mais que renda fixa tradicional
Em um cenário de juros elevados e renda fixa mais atrativa, os FIIs (fundos imobiliários) seguem surpreendendo com pagamentos de dividendos robustos e valorização consistente das cotas. Mesmo com a Selic em patamar elevado, muitos fundos continuam entregando rentabilidade e valorização superior à de títulos conservadores, e atraindo o interesse de mais de 2 milhões de brasileiros na B3.
FIIs de alto rendimento em 2025: os campeões em dividendos
Segundo levantamento da Quantum, o destaque do ano até agora é o BRIO Real Estate III (BRIP11), que entregou um impressionante dividend yield de 12,62%, superando facilmente o retorno de CDBs, Tesouro Direto e até fundos de renda fixa.
Outros nomes de peso no setor também se destacaram:
- Hectare CE (HCTR11): 6,46%
- Valora Renda (VGRI11): 5,15%
- Riza Akin (RZAK11): 5,15%
- Gazit Malls (GZIT11): 4,82%
Esses números mostram que os fundos imobiliários continuam sendo uma excelente escolha para quem busca renda passiva mensal e diversificação da carteira.
Fundos imobiliários que mais valorizaram em 2025
Não é só nos dividendos que os FIIs se destacam. A valorização das cotas também tem surpreendido investidores atentos. Em 2025, o fundo Polo Recebíveis (PLRI11) lidera com alta de 79,38%, seguido por:
- Loft II (LFTT11): +67,64%
- Vida Nova (FIVN11): +45,81%
- BTG Terras Agrícolas (BTRA11): +38,44%
- REC Logística (RELG11): +33,26%
Esse desempenho reforça que, além da renda recorrente, os FIIs podem gerar ganho de capital relevante, especialmente para quem compra ativos com bom potencial de valorização.

O que são FIIs e por que eles seguem atrativos?
Os Fundos de Investimento Imobiliário funcionam como um “condomínio” de investidores que aplicam recursos em ativos ligados ao setor imobiliário, como imóveis comerciais, galpões logísticos, shoppings e papéis de dívida.
A grande vantagem? Os rendimentos mensais são isentos de IR para pessoa física, além de os fundos oferecerem liquidez, gestão profissional e diversificação com pouco capital. Com isso, o investidor tem acesso a grandes empreendimentos sem precisar comprar um imóvel inteiro.
Como escolher bons FIIs para investir?
Não basta olhar apenas o valor do dividendo ou valor da cota. Um bom FII é aquele que tem:
- Gestão qualificada e com um bom histórico;
- Liquidez adequada das cotas na Bolsa;
- Endividamento controlado (alavancagem);
- Diversificação setorial e geográfica;
- Imóveis bem localizados e contratos sólidos de aluguel.
Caio Araújo, analista da Empiricus Research, lembra que o investidor deve olhar para o longo prazo: “Escolher bons FIIs é pensar em consistência de renda, qualidade dos ativos e segurança da gestão, mesmo em cenários mais adversos”.
FIIs x renda fixa: o que compensa mais?
Com a Selic ainda em dois dígitos, muita gente se pergunta se vale a pena manter o dinheiro na renda fixa. A resposta depende do perfil do investidor, mas os números mostram que muitos FIIs estão conseguindo superar os rendimentos de CDBs e Tesouro Direto, mesmo com os juros altos.
Isso acontece porque os fundos imobiliários se beneficiam da inflação indexada nos contratos de aluguel, da recuperação do setor e do interesse crescente por diversificação. Além disso, enquanto a renda fixa exige reinvestimento constante para manter o retorno, os FIIs entregam uma renda mensal que pode ser reinvestida de forma estratégica.
Conclusão: ainda faz sentido investir em FIIs?
Sim, e talvez agora faça ainda mais. Em 2025, os FIIs mostram que continuam relevantes mesmo com juros elevados. Para quem busca uma estratégia equilibrada entre renda passiva e valorização de patrimônio, os fundos imobiliários ainda são um dos ativos mais versáteis do mercado.
Mas vale reforçar: escolha com critério, diversifique sua carteira e não olhe só para os números de curto prazo. Os melhores resultados vêm para quem investe com visão de longo prazo.
Publicar comentário