Investir no exterior agora? O que dizem especialistas em 2025
Em meio às incertezas econômicas brasileiras e à instabilidade fiscal persistente, a pergunta que muitos investidores fazem é: vale a pena investir no exterior em 2025? Segundo especialistas, a resposta não só é afirmativa como urgente, e com boas razões para isso.
Por que investir no exterior está voltando ao radar dos brasileiros
Com o real oscilando diante do dólar e o cenário político pressionando os ativos locais, muitos investidores estão buscando refúgio em economias mais sólidas. A estratégia de investir no exterior deixou de ser algo restrito a grandes fortunas. Hoje, com poucos cliques, já é possível abrir uma conta internacional, enviar recursos e acessar ativos globais.
A lógica é simples: diversificar geografias é uma forma de blindar o patrimônio contra crises domésticas. Sabrina Lima, especialista do Itaú, reforça: “Ao acessar o mercado americano, o investidor se expõe a empresas globais, moedas fortes e um ambiente institucional mais previsível, o que pode proteger sua carteira a longo prazo.”
A força do dólar como proteção
Um dos principais atrativos ao investir fora é a exposição ao dólar. A moeda americana continua sendo referência global, especialmente em momentos de instabilidade. Comparada ao real, ela representa menor risco cambial e mais previsibilidade no médio prazo.
Um estudo recente da Avenue mostra que, nos últimos 10 anos, a valorização do dólar frente ao real foi quase o dobro da rentabilidade de ativos atrelados ao IPCA. Ou seja, além da proteção, há potencial de retorno superior, principalmente em períodos de incerteza como o atual.
O que torna o mercado americano tão atrativo
O mercado dos Estados Unidos é o maior e mais líquido do mundo. Com mais de US$ 30 trilhões em capitalização, oferece uma variedade absurda de ativos: ações, ETFs, REITs, fundos e até títulos corporativos de empresas renomadas.
Enquanto no Brasil menos de 1% da população investe em bolsa, nos EUA esse número ultrapassa os 55%. Isso significa um ecossistema mais maduro, com muito mais estabilidade e segurança para o capital estrangeiro.
Juliana Benvenuto, coordenadora de conteúdo da Avenue, explica que “os EUA possuem estrutura regulatória forte, tradição em inovação e políticas monetárias mais previsíveis, o que atrai investidores do mundo todo”.
Vantagens que o Brasil ainda não entrega
Além da solidez do mercado americano, o investidor se beneficia de algo que o Brasil ainda luta para oferecer: estabilidade econômica. Por aqui, incertezas fiscais, mudanças de regras e choques políticos ainda causam grande volatilidade nos preços dos ativos.
Nos EUA, apesar de também enfrentarem seus dilemas, as instituições são mais robustas. Isso se reflete na confiança do mercado e na atratividade contínua para investidores globais. E, claro, tudo isso influencia diretamente na performance dos ativos negociados por lá.
Outro ponto importante: a diversidade setorial. Lá fora, você encontra de tudo, de tecnologia a saúde, de consumo a energia limpa, com muito mais profundidade do que no mercado local.
É fácil começar a investir fora do Brasil?
Muito mais do que se imagina. Plataformas como a Avenue tornaram o processo de investir no exterior acessível a qualquer brasileiro com conexão à internet e um CPF em mãos.
Basta abrir uma conta, fazer uma remessa internacional e escolher seus ativos. A maioria das corretoras oferece ferramentas simples para converter reais em dólares e acessar os principais mercados globais sem burocracia.
Além disso, há conteúdos gratuitos e vídeos educativos para orientar os primeiros passos, desde a alocação ideal até as regras tributárias aplicáveis. Tudo isso contribui para que cada vez mais investidores deixem de depender exclusivamente do mercado brasileiro.
Vale mais a pena investir em ações, ETFs ou REITs?
Depende do seu perfil. Quem busca crescimento pode apostar em ações de tecnologia e consumo global. Para quem quer exposição diversificada com menos risco, os ETFs (fundos de índice) são ideais. Já os REITs (fundos imobiliários dos EUA) pagam dividendos em dólar e podem ser boas fontes de renda passiva.
O mais importante, segundo os especialistas, é montar uma carteira equilibrada, que misture diferentes classes de ativos internacionais. A diversificação continua sendo o maior escudo contra surpresas desagradáveis.
Cuidado com promessas fáceis e volatilidade
Investir no exterior é estratégico, mas não é livre de riscos. A volatilidade também existe lá fora e, apesar do dólar ser mais estável que o real, o mercado americano passa por ciclos de alta e baixa como qualquer outro.
Além disso, é preciso atenção à parte fiscal: investimentos internacionais exigem declaração específica no Imposto de Renda. A boa notícia é que as plataformas costumam oferecer relatórios prontos para facilitar essa parte.
Conclusão: investir no exterior deixou de ser tendência e virou necessidade
Se 2025 continuar no mesmo ritmo dos últimos anos, com inflação brasileira pressionada, riscos fiscais persistentes e volatilidade política, investir no exterior será uma das estratégias mais eficazes para proteger e expandir seu patrimônio.
Mais do que um movimento de diversificação, é uma atitude de prudência diante de um cenário que já mostrou como pode mudar da noite para o dia. E com a facilidade das plataformas atuais, não há mais desculpa para não aproveitar as oportunidades que existem lá fora.
1 comentário